sábado, 12 de fevereiro de 2011

domingo, 2 de janeiro de 2011

Discurso do 3°Ano

Será que ainda somos muito novos para dizer a famosa frase: “Nossa! Como esse ano passou rápido!”? Porque, é difícil acreditar, mas quase todo nosso ano como terceiro-anistas já se foi, com exceção dos minutos até o fim dessa cerimônia. O mundo mudou em tão pouco tempo.

O professor Luiz Augusto foi quase profético quando entrou em sala e disse, no primeiro dia de aula, que em uma semana estaríamos nos formando — Mas foi uma semana muito ocupada, com certeza.

Aconteceram coisas inesperadas. A começar quando descobrimos que duas turmas que achavam que nada tinham em comum iam ter que aprender a conviver com as diferenças por um tempo. Nossa, foram muitas discussões. MUITAS discussões. Mas tivemos uma boa dose de surpresas agradáveis e, quem diria, fizemos alguns amigos inesquecíveis. Apesar dos movimentos separatistas, todos se salvaram e podemos dizer com orgulho que somos um terceiro ano unido até na recuperação de química.

Aliás, desde o princípio, quando começamos a escola, uma das coisas mais importantes foi saber que não tínhamos que passar pela tortura sozinhos. Centenas de crianças estavam ali com o mesmo destino, e dessas centenas, algumas poucas se destacariam como companheiros de viagem, tornando os dias ruins, bons, e os dias bons, melhores. Alguns se destacavam além do normal, sempre prontos para fazer a piada que não podia ser perdida. Como o Tiago, como o Diogo, como o Vinícius, como o Coxa e, principalmente, como você Augusto. Enfim, todos sabemos que preciiiiiisamos de um companheiro.

Aliás, desde o início do ano os bordões do pânico invadiram a sala... Vem comigo/Las Vegas/Aloka!/Que qué isso?/Abestadoo, além da moda da copa, Jabulani. Nem mesmo os professores se safavam quando acidentalmente deixavam escapar uma dessas palavras. E as piadas originais: presepadas totalmente excelentes como o tombo do Diogo, a coreografia da Bicicleta Humana, e o clássico vandalismo do extintor de incêndio. Ainda bem que a sala nunca pegou fogo — o que, pensando bem, foi um milagre — porque senão morreríamos carbonizados.

Mas claro, nós também estudamos um pouco. E é bom lembrar que muito do apoio que recebemos veio, não de outros alunos, mas de professores.

Nossa Paraninfa, por exemplo, professora Sílvia, nas palavras dela mesma, “conhece todos nós: as fraquezas, os pontos fortes e os medos”. Desde o primeiro ano foi uma espécie de defensora, acreditando no nosso lado melhor até quando era inacreditável que tivéssemos um.

Já o professor Vinícius, de forma completamente diferente, domina a matemática e as piadinhas de duplo sentido. Se dissermos que o Vinícius é mais aluno do que mestre, acreditem que há muito mérito nisso. Porque, sempre presente, nunca deixou de ensinar, mas se preocupou em entender seus alunos como pessoas antes do que como números de 0 a 10.

O professor Fred, de sua parte, não é tão chegado assim em piadinhas. Pelo menos não era no início, na época em que imitar seu sotaque era lei, sua matéria favorita era o Ciclo de Car-r-rnot e, eventualmente, car-r-r-rguinhas elétricas. A seriedade em pessoa, matéria no quadro, e, acima disso, um interesse tão genuíno em ensinar que foi contagiante. Em pouco tempo a epidemia se espalhara e aconteceu quase um milagre: sem nunca dar descanso na matéria, um professor se tornou um verdadeiro amigo e ganhou título de patrono. E aí sim, com nosso respeito devidamente merecido e conquistado, vieram as piadinhas.

Também nossa homenageada, a professora Fátima, nos surpreendeu e cativou com as demonstrações de carinho que foram seus discursos de despedida.

Bruno, o irreverente professor de religião. Sempre dizendo que aquilo alí não era aula de igreja. Sempre com seu jeito descontraído e fazendo suas "dancinhas" em sala de aula. Depois de dois anos de baderna, conseguiu passar algo para a gente no ensino médio.

Aliás, obrigada. Obrigada Sílvia, Vinícius e Fred e os outros todos que não ficam de fora deste discurso, porque, desde a tia do jardim, foram em parte responsáveis pela formação de quase adultos que temos hoje.

Gostaríamos de agradecer a todos que vimos todos os dias por tanto tempo: Hércules, Claudinha, tio Luiz, Edmundo... Obrigada e DESCULPE, também aos zeladores pela paciência com toda a nossa bagunça. Seria possível montar um ano de material escolar com as tralhas que a gente deixava pra trás.

Obrigada pessoal da direção, apesar DALOUKA no último dia de aula. Beijo Cláudia.

E, claro, o agradecimento mais épico de todos: aos nossos pais. Muito da vida de vocês foi dedicado a fazer as nossas vidas melhores. Talvez seja impossível explicar ou retribuir essa dedicação, mas podemos e vamos fazer vocês orgulhosos. Não há matéria que possa ensinar tanto quanto nossos pais nos ensinaram: a viver.

Tudo bem, a gente sabe que ninguém vai se lembrar muito desse discurso enorme. Foi como disse a Sílvia: “dos discursos sobra pouca coisa, da cerimônia talvez só as fotos”. Mas ela também disse que o que não se apaga é tudo pelo que passamos juntos em um ano. E isso é uma grande verdade.

Bom, hoje é sábado à noite e, como manda a tradição, sábado à noite é dia de festa. A semana — a longa semana que foi um ano inteiro ou o ano inteiro que foi curto como uma semana — está muito perto de chegar ao fim. Isso merece uma imensa comemoração, e isso merece o discurso e merece os vestidos e os ternos e as fotos, porque é uma festa que, vocês sabem, faremos uma vez só.

Parabéns! Não há duas formaturas de ensino médio, assim como não há duas semanas exatamente iguais em uma vida. É hora de lembrar, com carinho, se aproveitamos bem essa nossa. Por sinal, lembrem com carinho de tudo. Do primeiro tombo, das brigas no pátio, da toalhinha bordada com seu nome, das férias e da volta às aulas com o material novinho. Daquela bobeira de escrever nas camisas no fim do ano, sabendo que depois de três ou quatro meses veríamos todo mundo de novo. E lembrem das lancheiras, porque você nunca mais vai ter uma lancheira. Garantido!

Crescer dá medo, tudo é diferente. E agora nos demos conta disso. Mas a verdade é que é só o que fizemos até agora, desde que nascemos; crescer. E fizemos já um bom progresso, olha só, basta continuar no mesmo caminho.

Porque, pensa que o caminho acabou? Amanhã é domingo. Quando estivermos vendo domingão do Faustão começaremos a perceber que valeu à pena cada dia da semana acordando cedo por uma jornada que não tínhamos certeza se deveríamos mesmo seguir.

O mais importante é que o dia depois de domingo é segunda. E na segunda todos começaremos de novo.

Uma nova jornada.

Talvez nem seja tão difícil assim... talvez já tenhamos até mesmo começado.

sábado, 14 de agosto de 2010

O Menino

Toda vez que o menino se põe a olhar, nesses olhos fundos e castanhos, ele se põe a imaginar a vida sem sua menina. Seria como um filme de amor sem uma mulher para o homem complementar? Seria o fim da felicidade para ele, ou seria o fim da alegria ou dos sorrisos que vem? Creio que não seriam ações separadas, seriam todas, um grande conjunto e com esse conjunto, terminaria o ser do menino sem sua amada o amparar, pois ela não estaria mais lá. Não veria mais os olhos castanhos, o cabelo com mechas loiras, a menina de pele macia. Só o que restaria seria um grande e imenso vazio no peito do menino, que rapidamente iria começar a aumentar e todo o meu ser iria consumir.
Só de nisso pensar, as lágrimas correm no peito dele, assim como a chuva escorre por entre os seios das nuvens. A tristeza invade o peito, cresce, e o menino que se conhecia não mais existe. A alegria lhe foge, o sorriso não existe mais, só a grande e profunda tristeza restariam no menino, e esse aos poucos iria se transformando de menino em nada. Só uma grande e imenso vazio andando pelas ruas chuvosas.
Mas se por um acaso sua amada voltar, o menino voltaria à vida, pois a voz da menina é a única coisa que o menino poderia querer nesse momento, além da menina amada. Pois infelizmente esse menino não aprendeu a viver sem o amor, e sem o amor de sua menina, ele nunca conseguiria.
O menino promete a si mesmo que não irá se apaixonar de novo, ou que nunca mais confiará em qualquer menina, mas seu coração é tolo e nunca irá aprender.
Mas apesar de sofrer, perder noites de sono por sua menina, chorar mil prantos por ela, ser humilhado ou fazer qualquer, mas, qualquer coisa mesmo por sua menina, ele sabe que no fundo dela mora o amor que sua menina lhe dará. Tudo o que ele passou, ele esquece, a partir do momento em que sua menina lhe diz que o ama, e que ele é importante para a vida dela. E é isso que faz o menino se apaixonar sempre. Ele se renova, volta a ser o menino que um dia foi. Seu sorriso volta, a tristeza se vai, e sol seca as lágrimas em seu peito.

E assim o menino volta a ser feliz com sua amada, que também, nem por um segundo deixou de amá-lo, apesar de todas as diferenças, problemas, tudo o que se passa entre eles. E esse é o grande brilho do amor para o menino, o poder dele se regenerar, um fogo insaciável que nunca acaba. E é isso que o menino quer sentir, esse fogo insaciável que nunca se esgota.

sábado, 31 de julho de 2010

Amigo

Quando eu tenho um
Justo no momento certo
Ele falha em aparecer
Mas eu tolo, fico a esperar

Meu coração é bom
Acho que isso que faz
Eu precisar
Te tanta bondade comigo

O poeta já dizia:
"Abençoados os corações flexívieis"
Infelizmente são poucos assim
E o meu não é excessão

Gostaria de ir prum lugar
Onde de amigos não fosse precisar
Pois assim ninguém poderia me julgar
Nem minha confiança terminar

O gine

Tudo estava normal até o dia de hoje. Nunca imaginei que o que aconteceu mudaria o resto da minha vida. Eu sou ginecologista, formado pela UFRJ e, em todos os meus anos de profissão, não esperei que nada parecido aconteceria. No dia 8/10/1990, eu estava atendendo minhas pacientes normalmente, quando uma menina chamada Jaqueline entrou em meu consultório para marcar uma consulta de última hora, pois ela não tinha sido agendada antes. Aceitei consulta-la, pois não havia mais pacientes no dia. E esse foi meu erro fatal. Jaqueline, além de não se depilar há 10 meses, tinha problemas que eu nem imaginava. Durante a consulta, tudo estava normal, até que ela começou a gemer. Perguntei se queria que continuasse, e ela disse que sim. Na verdade, esse foi meu erro. A maca começou a tremer, e os gemidos, aumentaram demasiadamente. Senti medo, pois aquilo nunca havia acontecido antes.
Sua vagina começou a ficar vermelha, e isso foi um sinal. Ela mestruou. Abruptamente, o líquido vermelho jorrou em minha face, inundando meus olhos, nariz e boca. Nunca senti tanta ancia de vômito em toda minha vida.
Por final, havia tanto sangue em meu corpo que não consegui segurar o vômito, e este foi de encontro a vagina sangrenta, que ainda jorrava sangue.
Como a pressão do sangue era forte demais, meu vômito que havia ido de encontro com a vagina de Jaqueline, voltou contra mim, junto ao sangue pútrido que saia de suas entranhas.
Foi o pior mês de minha vida, pois o cheiro havia ficado encardido em meu corpo, durante muito tempo.
Depois desse dia, virei Geriatra

quarta-feira, 30 de junho de 2010

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O Beco

No beco se passa de tudo
Se passa o mendigo esfarrapado
A dama que a noite acolhe
O bêbado exalando o álcool fétido

Quase uma sociedade
Porém mais crú que a realidade
Ninguém gosta de ali passar
Para o risco de nada pegar

Qual o medo de se passar ali
Se nenhum mal o mendigo fez a ti
Se o bêbado só um causo vai lhe proferir
E o máximo será a dama te chamar ali

Lembre se de que eles são mais um
Mais um no meio da multidão
Pessoas como você e seu irmão
Só não possuem bem uma profissão